Estamos quase no fim do 1º semestre e ainda cerca de metade (48%) dos estudantes da universidade do Porto candidatos a bolsa, aguarda decisão dos SASUP sobre a atribuição ou não de bolsa. Esta situação tem dois sentidos consoante o estudante tem ou não tem (e na suposição de que os critérios são justos, o que é duvidoso, e são, de facto, aplicados) direito à bolsa: no caso de não ter direito, a não decisão funciona como um empréstimo a esse estudante por parte da faculdade que frequenta, pois fica isento de pagar as propinas até que haja essa decisão; no caso de ter direito, funciona da mesma maneira em relação à faculdade (fica sem os fundos correspondentes às propinas desse estudante por todo esse período) mas quem é beneficiado com o "empréstimo" são os SASUP, ou seja, o próprio estado, sendo que cerca de dois terços dos estudantes postos nessa situação, aqueles cuja bolsa é superior ao valor das propinas, ainda têm que ou passar fome, ou não comprar os materiais que precisam, ou "obrigar" as famílias ao mesmo sacrifício, ou endividarem-se (se puderem), ou desistir (este ano já desistiram de estudar 9 candidatos a bolsa), ou utilizar qualquer outro estratagema para sobreviverem e estudarem. Este o impacto desta aparente incúria: benefício de quem não terá direito, dificuldades acrescidas para quem tem direito.
Se não é de espantar práticas conducentes a este tipo de situações por parte de um estado conduzido por uma burguesia retrógrada e arrivista como a que está actualmente no poder, já espanta o silêncio da Federação Académica do Porto (ou talvez não). Mas os estudantes não podem ficar parados! O levantamento impõe-se!
PELO ACESSO DOS FILHOS DOS TRABALHADORES AO ENSINO SUPERIOR!
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