Grande parte (mais de quarenta) dos cerca de setenta trabalhadores que restavam na Mactrading, suspenderam ontem, com justa causa, o contrato que os ligava à empresa. Hoje estiveram no Centro de Emprego da Póvoa de Varzim/Vila do Conde a entregar "os papéis para o desemprego". Encomendas a serem mandadas fazer fora quando as operárias iam ficando sem nada para fazer na fábrica, mostravam as intenções da administração e anunciavam já o que se veio a verificar: salários em atraso.
Dois meses e meio (nominais) de salários em atraso não são brincadeira para mais quando os salários são miseráveis. Ontem já somavam quase cinco meses (reais) de salários a haver (já íamos no dia 10 o que prefaria, somando ao que estava, só por si quase 3 meses, faltando contar ainda a parte proporcional do subsídio de Natal e das férias do ano que vem) para a maior parte dos trabalhadores, aos quais atrasos há ainda que juntar as indemnizações devidas para saber qual é a verdadeira dívida. Quem observa a maneira dos capitalistas actuarem já compreendeu há muito que eles só entendem uma linguagem: a que os ataca pessoalmente nos seus confortos e bolsos. Portanto só há uma maneira de resolver o problema: criminalizar tal prática ao primeiro dia de atraso, tolerância zero e multas pesadas para quem se financia gratuitamente à custa do sacrifício (por vezes inimaginável) dos trabalhadores. Mas uma resolução desse tipo só pode ser obtida, não com panos quentes dos apelos à moralidade, mas na luta pela conquista do poder político para a classe proletária. A greve geral de dia 24, estará neste caminho, desde que lhe sejam traçados objectivos avançados. Por isso é também parte íntima da luta das operárias da Mactrading.
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