PCTP/MRPP - Norte de Portugal

Desta vez aconteceu no lugar do Campo Grande, em Encourados, Barcelos: empresa de confecções texteis, a Ernifashion, fechou as portas sem sequer dar cavaco às 20 (ou 18, dependendo da fonte) actuais trabalhadoras. Estas esperam à porta que a sua situação seja legalmente resolvida, para poderem vir a receber o subsídio de desemprego. Atrasos no pagamento de salários já se verificavam há vários meses, com pagamentos parcelares semanais ou quinzenais e as costumeiras tentativas da patroa de, quando recebia de clientes, destinar o dinheiro a outros fins pouco claros. Também situações de trabalho ilegal, sem os descontos para a segurança social, parece terem ocorrido, talvez daí as diferentes versões relativas ao número de trabalhadoras afectadas. Mas o toque de finados da empresa ocorre quando é arbitariamente despedida uma trabalhadora, sendo provada em tribunal a ausência de justa causa, e a patroa se recusa a pagar o que lhe era devido. Não havendo bens, para além dos que premitiam a continuação da laboração, em nome da empresa para arrestar, foi pedida a insolvência. Em vez de contestar, a patroa, pelos vistos, resolveu com artimanhas levar uma carrinha e deixar de aparecer. Mais uma história cujos resultados são a miséria para as trabalhadoras.