Quase todas começam assim, primeiro atrasos no pagamento dos salários, depois o não pagamento do subsídio de férias e da Natal, depois a promessa da continuação e depois, na maior parte das vezes, o desemprego. Quando o processo começa a empresa já está descapitalizada, já deve a todos os fornecedores e, muitas vezes, à segurança social e às finanças. O desperdício já se consumou. É uma espécie de resinagem à morte. Um esfolar até à última.
Desta vez foi em Vila Nova de Gaia, 31 operários da Altecna estão à beira da desgraça do desemprego com os subsídios de férias e da Natal por receber assim como 3/5 do salário de Dezembro. Não há trabalho mas há a promessa de não encerrar. Quem acredita? Só uma esperança vã se vai infiltrando na mente dos trabalhadores. Mas depressa se desenganam. Uma nova luta os espera: a luta contra a miséria e a fome. Há que exigir o pagamento imediato das retribuições vencidas. Que seja o Fundo de Garantia Salarial a pagar sem mais delongas e o fundo que se entenda com o patrão. E, depois, a exigência do pagamento do salário agora auferido até ao momento em que o trabalhador encontre trabalho igual ou melhormente remunerado. Assim unir-se-ão a todos os trabalhadores, quer estejam ou não empregados.
UNAMO-NOS NA LUTA PELO PÃO!
. É necessário enfrentar a ...