A exemplo do que sucedeu com trabalhadores do metro de Lisboa, também estão a ser instaurados processos disciplinares a trabalhadores do metro do Porto com base em desobediência a requisição civil. Em Lisboa os processos deram em nada pois na maior parte dos casos não foi possível à empresa provar o conhecimento, por parte dos trabalhadores, da requisição a que estavam sujeitos e nos outros devido à pressão (incluindo vários estratagemas) do conjunto dos trabalhadores. Mas se nós aprendemos, também eles aprendem e se no metro de Lisboa não conseguiram concerteza vão querer conseguir no metro do Porto. Portanto há a necessidade de defender aqueles trabalhadores que se vão ver com o salário em risco. E não só. Também os cantoneiros do Porto em greve se viram sujeitos a requisição civil. Há quem clame contra a dimensão da requisição, mas contra o que se deve clamar é contra o princípio que, através de um quase estado de sítio, transforma de forma fácil e sem custos para as empresas a maior parte das greves em não greves. E para esmagar essa lei é necessário unir a generalidade dos trabalhadores e não só os trabalhadores afectados. Para já é preciso acautelar o salário dos trabalhadores ameaçados de desemprego, pondo na bandeira de todas as lutas o arquivamento desses processos, mas também é preciso preparar o futuro retirando a "bomba atómica" que é a requisição civil das mãos das empresas e do governo.
CONTRA OS DESPEDIMENTOS ARBITRÁRIOS!
CONTRA A REQUISIÇÃO CIVIL DOS GREVISTAS!
Não deve estar fora da estratégia de privatizar a recolha de lixo na cidade do Porto a constante mutação dos horários do...