Também os cerca de 400 trabalhadores fabris da fábrica de Vila Nova de Gaia e das 38 lojas espalhadas pelo país da Charles - Christian Sapatarias, S.A. se encontram sob a ameaça de desemprego: os bens da empresa não chegam para pagar os salários em atraso (dizem: salários, salários é só um, o resto é referente aos subsídios de dois anos, como se o subsídio de Natal e de férias não fizessem parte do salário...) e as dívidas fiscais e à segurança social. A promessa é que, até Março próximo, seja resolvido o problema dos salários em atraso (está em "negociação" empréstimo) e que a fábrica não fechará, mas situações deste tipo, no geral, correspondem a prolongamento da agonia da empresa e um último esfolar, ainda com mais vigor que o costume, do trabalho dos trabalhadores, que ficarão tempos infindos à espera do que lhes é devido enquanto os ratos se escapam bem anafados (com cara tristonha, é certo, mas só porque não têm vergonha).
A hora é de luta contra a fome e a miséria e, se quisermos, enquadrada na luta por um mundo melhor, sem exploração nem opressão.
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