Na continuação do processo de expulsão das famílias pobres das zonas onde existem equipamentos, que é a política de Rui Rio, a câmara municipal do Porto propõe-se levar a cabo subidas dos preços das rendas das casas de que é senhoria: primeiro anuncia que vai fazer umas obras, depois, para preparar a opinião pública, anuncia que essas obras justificam a reclassificação do bairro, de seguida, perante os protestos, diz que a "actualização das rendas será em função dos rendimentos" para tentar calá-los e dar um ar de "justo" a si próprio, finalmente faz as contas que toda a gente sabe para concluir que os moradores visados afinal têm rendimentos suficientes para pagar os aumentos e, não querendo pagar mais porque de facto não podem, o caminho a seguir é o da expulsão, ainda por cima com o estigma de "viver à custa dos outros".
No meio disto tudo ainda haverá lugar a alguns compadrios, não esqueçamos o exemplo da Maia, câmara de igual côr política. Compadrios deste tipo costumam ter três utilidades para presidentes da câmara: garantir testemunhos de "arrendatários satisfeitos" apesar de todas as arbitrariedades camarárias, premiar apaniguados e criar dependências pessoais, muito úteis quando se quer construir cacicados.
Está neste caso o bairro Rainha D. Leonor que irá ser reclassificado do grupo I (muito mau estado de conservação e/ou baixo nível de conforto) para o grupo V (bom estado de conservação), onde as rendas vão em muitos casos multiplicar por oito, para além da alteração da tipologia dos fogos. A proximidade do centro, do abastecimento e dos equipamentos a que os moradores pobres desse bairro estão, é o que incomoda o presidente. Longe da vista é que estarão bem, na sua mente turtuosa. Por isso, hoje, os moradores do bairro realizam um plenário e oferecerão resistência a essa política.
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